Foto: Reprodução/Instagram - Museu Pelé
No ano passado, o Rei do Futebol, infelizmente, nos deixou. Mas você conhece a trajetória do maior jogador de futebol de todos os tempos? A história de Edson Arantes do Nascimento está representada não só em filmes e documentários, como também em artefatos pessoais que podem ser vistos no Museu Pelé, em Santos.
O museu é um prato cheio para os fãs do esporte. O espaço traz uma linha do tempo da infância e da glória no futebol, que consagrou Pelé como o atleta do século XX.
São itens de acervo pessoal, troféus da carreira, camisas, chuteiras, prêmios, bolas, homenagens, estatísticas, manchetes de jornais, entre outros itens. Tudo isso em 4.134 m² de área, que contam em detalhes toda trajetória do atleta. Chamado por ele mesmo de sua casa, o local guarda o maior acervo pessoal e em referência ao jogador.
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O percurso começa pela infância, no qual é possível ver o rádio em que Pelé acompanhava os jogos de futebol com seu pai. E foi por ele que Seu Dondinho ouviu a derrota do Brasil na final da Copa do Mundo de 1950, contra o Uruguai.
Foi a primeira vez que Pelé viu seu pai chorar e prometeu a ele que ganharia a taça pelo Brasil, fato que ocorreu oito anos depois.
Na parte do acervo pessoal, um dos itens que chama atenção é a coroa e cetro oferecidos pela Seleção da Iugoslávia antes da partida contra o Brasil, em 18 de julho de 1971, no Maracanã. O jogo terminou 2 × 2. Mas, naquele dia, o Rei imortalizou a camisa 10.
Outro item histórico são as chuteiras usadas por Pelé na partida da Seleção Brasileira contra a Tchecoslováquia (atual República Tcheca), na Copa do Mundo realizada no México, em 1970. Naquele jogo, Pelé fez quatro gols, deu cinco assistências e cavou a falta para Rivelino igualar o resultado e, aos 29 anos, foi eleito o melhor jogador da Copa do México.
Tem ainda a camisa azul com gola polo que a Seleção Brasileira usou na partida da final da Copa de 1958, quando venceu a Suécia por 5 a 2 e levantou o caneco pela primeira vez.
Esta exposição estaca a notável resistência das mulheres brasileiras que enfrentaram a proibição legal de praticar futebol entre 1941 e 1979.
Originada do sucesso da exposição no Museu do Futebol em 2019, que atraiu mais de 200 mil visitantes, ‘Contra-ataque!’ ganha, a cada nova cidade, um módulo especial que destaca a história do futebol feminino na região. O módulo santista, com pesquisa de Daniela Lima, narra como as mulheres locais superaram as restrições impostas e organizaram partidas de futebol após a revogação do decreto-lei que as proibia.
Ao entrar, os visitantes são imersos no contexto de preconceito e machismo que levou Getúlio Vargas a assinar o decreto-lei proibindo as mulheres de praticarem esportes considerados “incompatíveis com as condições de sua natureza”. As vozes do ator Antonio Fagundes e da atriz Patrícia Pillar, em áudio, dão vida a cartas de jornais de 1940, apresentando diferentes perspectivas sobre o futebol feminino e refletindo os debates da opinião pública da época.
A exposição destaca a inventividade das mulheres brasileiras para continuar jogando, mesmo sob proibição, muitas vezes se apresentando em partidas realizadas como atrações de circo. Em seguida, os visitantes testemunham o desenvolvimento histórico do futebol feminino após o levantamento da proibição, com a devida regulamentação em 1983.
Para conscientizar sobre o preconceito enfrentado pelas jogadoras, a exposição exibe uma coleção de frases discriminatórias da imprensa e das redes sociais, sendo reinterpretadas na instalação audiovisual para eliminar termos negativos. Além disso, uma coleção videográfica destaca momentos memoráveis e vitórias protagonizadas por mulheres.
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Além do acervo pessoal, o museu conta com a exposição temporária “4 Copas e 1 Rei”, que destaca as conquistas de Pelé com a Seleção Brasileira.
Na Copa de 1958, o Rei chamou atenção pela sua genialidade. Com apenas 17 anos, era campeão do maior torneio de futebol do mundo e ajudou o Brasil a levantar a taça, marcando seis gols na final contra a Suécia.
No bimundial, de 1962, o jogador foi prejudicado por uma contusão e marcou apenas um gol. Quatro anos depois, o Brasil voltou para casa sem o título e Pelé foi muito cobrado pelo resultado ruim.
Mas a passagem do Rei pela Seleção teve um final feliz, com a conquista da Copa de 1970, no México. Naquele ano, Pelé conquistou a Taça Jules Rimet pela terceira vez, tornando-se o único jogador tricampeão do mundo na história do futebol.
Inclusive, uma réplica da Taça Jules Rimet também está em exibição no museu. O prêmio tem esse nome em homenagem ao presidente da FIFA, que idealizou a Copa do Mundo.
O troféu foi criado para presentear o primeiro país tricampeão do mundo, o que ocorreu com a seleção em 1970. Infelizmente, a versão original da taça foi furtada nos anos 80 e desmanchada anos depois.
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Quem passeia pelo museu também pode ver o mural de 200 m², feito pelo artista gráfico e cartunista Sérgio Ribeiro Lemos, o Seri, em homenagem a Pelé.
O mural é composto por oito painéis de 6 metros de altura na parede interna da área e expositiva. Cada painel registra um gol marcante da história de Pelé:
Tem o 1.º gol, marcado em 1956; um da Copa do Mundo de 1958; o mais bonito, de 1959, eleito pelo próprio jogador; o de bicicleta, de 1965; o gol de ‘placa’, e 1961; e o milésimo, feito em 1969.
O painel estampa também o gol da final da Copa de 1970; e o último da carreira de Pelé, em 1977, quando ele vestiu a camisa do New York Cosmos em uma partida contra o Santos. O jogo foi a despedida do Rei do esporte.
Pelé recebeu uma cópia do mural, em tamanho reduzido, em 2019.
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Inaugurado em junho de 2014, o espaço está instalado nos antigos Casarões do Valongo. O primeiro prédio foi construído em 1867 e funcionava como sede do governo da Província de São Paulo.
O segundo casarão, construído em 1872, abrigava a sede da Prefeitura e a Câmara, além da primeira faculdade de Farmácia e Odontologia da cidade.
Um incêndio atingiu um dos prédios, em 1985; e a parte que sobrou também acabou sendo destruída por outro incêndio. O edifício foi reinaugurado em 2014, após anos de obras, que reconstruíram a fachada e as instalações.
O museu começou a funcionar no mesmo ano da Copa do Mundo realizada no Brasil, em 2014. Trata-se de um sonho antigo do Rei, que queria expor a sua história, mas em Santos, a cidade do clube que o revelou.
Em 2016, o museu passou a ser administrado pela Prefeitura de Santos e, em 2018, ganhou a Sala do Rei, um espaço reservado para ser o escritório de Pelé, onde ele podia receber convidados.
Desde a inauguração, o museu já recebeu mais de 325 mil visitantes, com média de 40 mil pessoas por ano.
Nascido em 1940, na cidade de Três Corações (MG), Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, é filho do filho do jogador João Ramos do Nascimento, mais conhecido como Dondinho, e Celeste Arantes.
Aos três anos, mudou-se com sua família para a cidade de Bauru (SP). A família de Pelé vivia na pobreza e o jogador trabalhava em lojas de chá para ganhar um dinheiro extra.
Edson aprendeu a jogar futebol com seu pai. Como não tinha dinheiro para comprar uma bola, ele jogava com uma meia recheada com jornal.
A primeira equipe de futebol que Pelé jogou foi o Sete de Setembro; depois foi para o Ameriquinha, onde calçou chuteiras pela primeira vez.
Aos 13 anos, entrou para o “Baquinho”, equipe infantojuvenil do Bauru Atlético Clube. Naquela época, Pelé já chamava atenção e foi artilheiro do time em diversas partidas.
O jogador também fez parte do time de futsal Radium, com quem conquistou vários títulos. Pelé já se destacava nesses campeonatos.
Começou a jogar no Santos Futebol Clube em 1956, aos 15 anos, e dali em diante marcou a história do futebol por sua genialidade e qualidades insuperáveis, sendo reconhecido como o Atleta do Século 20.
Pelé marcou 95 gols pela Seleção Brasileira e mais 1.091 pelo Santos. Foi bicampeão do mundo pelo Alvinegro Praiana, em 1962 e 1963; com a amarelinha, conquistou os mundiais de 1958, na Suécia; de 1962, no Chile; e de 1970, no México.
Edson Arantes do Nascimento morreu no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos, vítima de um câncer no cólon. Apesar da perda, o legado de Pelé será eterno para o esporte.
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Pelé coleciona recordes e títulos que mostram a grandeza da sua trajetória no futebol. Os números podem ser vistos na mostra permanente do museu “Supremo — conquistas-números-recordes”. Confira:
Recomendado: Todas as idades
Quando: Atração fixa
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h; entrada até às 17h30.
Preços: Gratuito
Onde: Museu Pelé – Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo - Santos - como chegar
Facilidades:
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Quando: Atração fixa
Horários: terça a domingo, das 10h às 18h; entrada até às 17h30.
Preços: Gratuito
Onde: Museu Pelé – Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo - Santos - como chegar
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 16/02/23. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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