Estudantes do Ensino Fundamental criam projeto para conscientização sobre desaparecimento de crianças

O Brasil tem 89,3 mil pessoas desaparecidas. Desse número, cerca de 30 mil são crianças e adolescentes de até 17 anos, o que representa mais de um terço do total. Os dados são do último levantamento feito pelas delegacias do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), do Conselho Nacional do Ministério Público.

Segundo o Sinalid, a faixa etária com maior índice de desaparecimento é de adolescentes entre 12 e 17 anos, com mais de 30% dos casos registrados (22.666). As crianças de 0 a 11 anos representam 4,55% do total, com 3.420 registros.

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Conscientização começa na escola

Com o objetivo de chamar atenção das famílias para este problema, estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP) formaram um Projeto de Intervenção Social (PIS), denominado “Crianças desaparecidas: Como evitar que isso aconteça?”.

Trata-se de uma prática pedagógica acompanhada pelos professores da instituição, que promovem o diálogo sobre o tema com os pequenos, permitindo entender as necessidades humanas e sociais.

Em uma das primeiras ações do projeto, os alunos tiveram a oportunidade de conversar com Ivanise Espiridião, presidente da Associação Mães da Sé, que contou sobre os trabalhos da instituição na busca por crianças e adolescentes desaparecidos.

Foi um diálogo enriquecedor para os pequenos, que puderam entender mais sobre a realidade de muitas famílias brasileiras. Nesta atividade, os estudantes fizeram cartazes com frase de conscientização sobre o tema e receberam pulseiras de identificação para inserir o nome dos pais e o telefone de contato.

As crianças também receberam uma cartilha com orientações para evitar que as crianças se percam dos seus responsáveis.