Por Daya Lima

Criado em 03/11/22

Vlada Pkarpovich/Pexels

Criação dos filhos: entenda a importância da função paterna no desenvolvimento das crianças

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A presença de uma figura paterna é muito importante para o desenvolvimento do indivíduo. Mas esse entendimento do que é ser pai, de fato, e das funções que cada um exerce na criação dos filhos, passou por muitas modificações ao longo dos anos.

Mas, independente das formas de parentalidade, especialistas ressaltam que a função paterna é fundamental para que os filhos aprendam e vivenciem um modelo de família e de um mundo mais ético, congruente e saudável.

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Como lidar com a ausência do pai biológico?

De acordo com o médico e psicólogo Roberto Debski, a sociedade atual reconhece os diversos formatos e configurações de família, e há muitas pessoas que exercem por amor a função paterna, sem serem os pais biológicos.

Assim, na ausência do pai, a mãe, ou outra pessoa como um avô ou tio ou irmão mais velho pode cumprir o papel que um pai deveria fazer, a Função Paterna, amar e criar como um pai, mas não será o pai. Apesar de haver o amor e admiração.

Mas o vínculo com uma figura paterna sempre existirá, por ser algo biológico, mesmo que não exista a relação por conta de uma ausência.

E, mesmo que a criança não tenha convívio com o pai, por inúmeras razões, não significa que ela não seja feliz no ambiente em que está. E o fato de ter um pai dentro de casa também não quer dizer que a família seja saudável.

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Diferenças na criação dos filhos

Na avaliação do psicólogo, as crianças sempre, que possível, devem conviver com ambos pais, pois cada um traz seu modelo de mundo, suas experiências e visões complementares, assim irá integrar ambos modelos e funções em sua própria vida.

Viver com só um dos dois, pai ou mãe, muitas vezes é uma realidade e pode acontecer de maneira saudável sempre que essa figura parental souber cumprir ambas funções, muitas vezes com a participação de outras pessoas como por exemplo os avós.

“Os pais passam aos filhos os valores que julgam importantes, e que eles próprios apreciam. Isso aproxima a família e assim podem compartilhar gostos e experiências, o que causa a percepção e vivência de união e identidade. Também passam aos filhos noções de valor e preferências, e eles terão modelos a seguir, os quais poderão manter ou modificar durante seu próprio crescimento e desenvolvimento, com suas escolhas pessoais”, afirma.

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Participação co-responsável

O especialista em parentalidade da Filhos no Currículo, Marlon Camacho, também levanta outra questão importante: a participação paterna na criação dos filhos, quando possível, evita a sobrecarga para a mãe, e a criança também se sente mais segura com a presença de ambos, se os pais conviverem juntos.

“Embora este seja um fenômeno ainda recente, muitas literaturas indicam que esta participação co-responsável do pai na vida dos filhos promove um ambiente mais seguro para o desenvolvimentos dos filhos, proporcionando maior autoestima, independência e estabilidade emocional para crianças e adolescentes”, explica.

A presença dos pais fez total diferença na vida do artista teen Agyei, de 13 anos, que desde muito pequeno – aos 5 anos – estuda teatro, canto, música, dança e também tem trabalhado com dublagem. E, com o apoio da família, o jovem conseguiu realizar o sonho de seguir a carreira artística, principalmente do pai.

“Meus pais são a parte mais importante na minha carreira. Desde muito pequeno, pude contar com o apoio e incentivo deles, que sempre estiveram comigo nos meus trabalhos e estudos. Toda vez que precisei aprender algo novo ou me dedicar a um novo projeto, tive deles o apoio necessário para ajustar minha agenda com estudos, família e trabalho. Eu tenho muita sorte por ter eles comigo”, conta.

Mas o que é a função paterna, afinal? 

Para Marlon Camacho, a importância da figura paterna no desenvolvimento das crianças se dá, justamente, na participação da educação e de outros momentos importantes da vida dos filhos.

“Há uma tendência de uma participação muito maior da figura paterna na educação dos filhos, os pais estão mais presentes na vida das crianças e passaram a exercer a função de cuidado e de afeto, o que antigamente era atrelado a uma função materna.
O impacto desta paternidade presente, conectada e corresponsável é extremamente abrangente, afeta diretamente as estruturas da sociedade, a equidade entre homens e mulheres, a vida das mulheres, a vida dos próprios homens e o desenvolvimento dos filhos”, finaliza.

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