Teatro Infantojuvenil! “O Pescador e a Mulher-Esqueleto” aborda preconceitos, bullying e padrões de beleza

Quem tem filhos na pré-adolescência ou mais velhos sabe o quanto essa fase pode ser desafiadora. Em um período em que eles estão aprendendo a se conhecer, há um turbilhão de informações, padrões estéticos, comportamento com o qual eles precisam lidar dentro e fora das redes sociais.

Diante disso, a peça “O Pescador e a Mulher-Esqueleto” propõe, a partir da arte, uma reflexão justamente sobre estes temas ‘espinhosos’. O mais interessante é que a peça faz isso sem que os bonecos-personagens falem. Isso mesmo: tudo é contado pela manipulação dos bonecos, seus gestos, cenários, mas eles não se falam por palavras. Incrível, não é?

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Técnica milenar japonesa, “Bunraku”

O Teatro é contado pela técnica de manipulação de bonecos original do Japão, o Bunraku, na qual os bonecos são vestidos com roupas humanas e se movimentam parecendo-se muito com pessoas.

Na história de amor entre uma mulher-esqueleto e um pescador, que a pesca acidentalmente do fundo do mar, o público acompanha então a dificuldade em relação a aceitação entre eles, levando a reflexão sobre quem realmente é o diferente.

Os dois bonecos em cena medem entre 50 e 60 centímetros e são manipulados em um cenário que reproduz uma casa com todos os móveis e utensílios de um pescador simples, ficando em cima de uma bancada de 3 metros de comprimento.

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Inspirada no livro “Mulheres que Correm como Lobos”

A peça foi inspirada no livro da psicanalista Clarissa Pinkola Estés. Uma parte da obra conta sobre um pescador que pesca o esqueleto de uma mulher e corre apavorado com a carcaça atrelada em seu anzol.

Passado um tempo, acaba vivendo uma paixão e a caveira volta a ser mulher. A autora utiliza a figura mitológica da mulher-esqueleto para abordar a natureza da vida-morte-vida do amor, e o mais importante: a aceitação.

Programação

A peça, encenada pelo Grupo Caleidoscópio, é recomendada a partir dos 7 anos de idade.

As apresentações acontecem:

• 03 de setembro, sábado, às 17h, na Biblioteca Mário de Andrade.
• 04 de setembro, domingo, às 16h, na Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato.
• 14 de setembro, quarta-feira, às 14h, na Casa de Cultura Municipal de Guaianases – Rua Castelo de Leça, s/n – Jardim Soares.
• 16 de setembro, sexta-feira, às 15h, no CEU Água Azul – Av. dos Metalúrgicos, 1300 – Cidade Tiradentes.
• 22 de setembro, quinta-feira, às 14h, na Casa de Cultura Municipal São Rafael – Rua Quaresma Delgado, 354 – Jardim Vera Cruz.
• 23 de setembro, sexta-feira, às 15h, no CEU Parque do Carmo – Rua Guerra de Aguiar, 63-237 – Jardim Nossa Senhora do Carmo.

As apresentações são gratuitas, duram cerca de 50 minutos e a retirada de ingressos deve ser feita nas bilheterias dos espaços culturais com uma hora de antecedência.