Instituto Villamil
Criado em 05/01/22
O termo parto humanizado ainda é usado pelas pessoas com muitas definições erradas. Você sabe o real conceito do parto humanizado?
Ao contrário do que muita gente pensa, o parto humanizado não é um “tipo” de parto, mas a maneira como os cuidadores da mulher e do bebê entendem o processo do nascimento.
Dentro do conceito do parto humanizado, a gravidez não é vista como uma doença e sim como um momento de fisiologia feminina.
Desta maneira, o parto é entendido como um momento único que deve ser respeitado por todos.
Por isto é importante estimular o protagonismo da mulher, ou seja, que seus desejos e suas escolhas sejam priorizados.
No parto humanizado, a mulher é estimulada a construir um plano de parto, onde coloca tudo o que considera importante para ela e sua família no momento do nascimento.
No parto humanizado, toda a equipe de cuidadores se preocupa com o conforto e privacidade da mulher, além de sua segurança, é claro.
Os partos que acontecem em casa, chamados de partos domiciliares, podem ser preferidos por mulheres, de acordo com sua cultura e seu desejo.
Mas o parto humanizado não TEM que ser em casa.
O parto humanizado até PODE ser em casa, mas também PODE ser hospitalar.
O local do parto deve ser aquele em que a mulher se sinta segura e acolhida e onde ela e seu bebê possam ser cuidados e monitorados com segurança, de acordo com os protocolos locais.
Existem diversos hospitais e maternidade que oferecem todo o suporte para que a mulher tenha um parto normal com conforto.
Os quartos preparados para o parto normal são chamados de “labour delivery room” ou “suites PPP” – “préparto-parto-pósparto”.
Estes quartos possuem suítes com banheiras, televisão, caixas de som para músicas, banheiro com chuveiro para alívio de dor.
Tudo isto para que o trabalho de parto e nascimento se tornem mais fáceis e prazerosos para a mulher.
A sensibilidade à dor é algo muito individual e tem um lado emocional muito relevante. E o que isso quer dizer? A dor muitas vezes está relacionada aos medos da mulher.
Muitas mulheres se sentem inseguras quando pensam no parto normal e isto pode aumentar a sua dor.
Independente da quantidade de medo ou insegurança, é importante que toda mulher conheça técnicas de alívio para a dor do parto.
O parto pode sim, ser muito doloroso. Mas existem técnicas para que a dor do parto seja aliviada. A dor do parto deve ser suportável para a mulher.
O parto deve ser uma experiência positiva e prazerosa e a dor jamais deve ser um componente que tire a positividade deste processo.
Por isso existem técnicas naturais e também técnicas medicamentosas para alívio da dor do parto.
E quem decide qual técnica utilizar é a própria mulher.
No parto humanizado quem decide se vai ou não usar métodos medicamentosos para alívio da dor é a própria mulher.
Apesar de a dor ser vista como parte do processo fisiológico do nascimento, a técnica que será utilizada para alívio da dor, se natural ou farmacológica, é de escolha da mulher.
Para o parto normal, a anestesia é chamada de analgesia, pois bloqueia apenas fibras sensitivas, não bloqueia fibras motoras.
No parto humanizado, a mulher e seu protagonismo são respeitados.
É muito importante, entretanto, que a mulher seja informada sobre os riscos e benefícios da analgesia farmacológica para seu trabalho de parto e para seu bebê.
É importante que ela saiba como suas escolhas podem afetar o andamento do trabalho de parto.
Muitas vezes, após ter informações, a mulher acaba mudando de ideia sobre qual técnica irá utilizar no seu parto para alívio da dor.
Entretanto, a decisão final cabe somente à mulher.
Durante o parto humanizado a mulher pode ser acompanhada por um médico ou por uma enfermeira obstetra, ou pelos dois.
Os dois profissionais têm capacitação técnica para cuidar de um parto normal sem complicações. Entretanto, quando são necessárias intervenções para a segurança e bem estar da mulher ou do bebê, o médico irá intervir.
Por isto, a recomendação atual é que o parto normal seja cuidado por equipes multidisciplinares. Isto é, por equipe composta por médico obstetra e enfermeira obstetra (ou obstetriz).
Além do médico e da enfermeira obstetra, se for desejo da mulher, outras pessoas podem estar presentes para apoiá-la no processo, como familiares e uma doula.
Muito pelo contrário. Quando comparado com a cesariana, o parto normal é a maneira mais natural para dar à luz e garante algumas vantagens. Veja abaixo:
Quando o bebê está passando pela vagina da mãe, seu tórax sofre um processo de descompressão compensatória. Ou seja, o alto nível de oxigênio que a criança recebe quando passa pelo canal vaginal age como um estímulo para os aparelhos cardiovascular e respiratório.
Isso reduz significativamente as chances de asfixia e de aspiração do líquido amniótico. Esse líquido é lançado pelos pulmões durante os primeiros instantes de vida.
Nascer de parto normal também reduz em 16% as chances do bebê de desenvolver asma e outros problemas respiratórios.
De acordo com dados divulgados pelo relatório “Quem espera, espera”, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em 2014, cerca de 11,2% de todos os bebês que nasceram no território nacional foram prematuros. Ou seja, vieram ao mundo antes de completar a 37ª semana de gestação. Por isso, do ponto de vista de estudos científicos, o parto vaginal é uma das formas que o bebê tem de ‘escolher’ nascer. As contrações funcionam como um sinal de que ele está pronto para vir ao mundo.
Quando o pequeno atravessa o canal vaginal, a flora bacteriana da mãe ‘passa’ para o bebê, auxiliando-o na criação e desenvolvimento da sua própria flora intestinal. Um fator extremamente importante, visto que ele estará mais protegido contra a ação de bactérias que podem fazer mal para o trato gastrointestinal.
Estudos científicos apontam que nascer pelo canal vaginal fortalece o sistema neurológico e imunológico dos pequenos. Isso acontece porque ele precisa se movimentar bastante para vir ao mundo, utilizando seus reflexos mais primários e instintivos.
Esse grande gasto de energia também faz com que a criança precise de uma reposição na mesma quantidade. Portanto, as chances dele querer mamar já nos primeiros instantes de vida são altas.
E quanto antes a criança tomar o leite da mãe, maiores são as possibilidades dela mamar, exclusivamente, durante os primeiros 6 meses de vida. O que é muito positivo para mãe e filho de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O parto normal também reduz em 20% as possibilidades da criança de desenvolver diabetes do tipo I. Isso acontece por melhorar consideravelmente seu sistema metabólico, isto é, que é responsável por regular o funcionamento das funções básicas do seu corpinho.
Informação dada por dados divulgados no ano passado pela pesquisa “Quem espera, espera”, realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Além disso, vir ao mundo quando quiser diminui o surgimento de alergias e doenças autoimunes.
O parto normal possibilita que, logo após dar à luz, a mãe pegue seu filho no colo. Esse é um dos momentos mais importantes para a criação do vínculo entre mãe e filho.
Quando a cesárea é realizada, esse ato pode ser dolorido para a maioria das mães. Leia informações divulgadas pelo Ministério da Saúde em informativo destinado aos profissionais de saúde sobre parto humanizado.
Além de, na maioria das vezes, não implicar no aparecimento de dores. Parir pelo canal vaginal também dispensa a presença das cicatrizes existentes após a realização de procedimentos cirúrgicos como a cesárea.
Por não se tratar de um procedimento cirúrgico, isto é, que não há incisões, o parto normal reduz significativamente a chance de a mulher contrair das mães contraírem infecções hospitalares e de terem hemorragias. Especialistas recomendam a realização de cesáreas em casos específicos.
E principalmente se há o comprometimento da saúde da mãe e do bebê durante o trabalho de parto. Mulheres que são portadoras do vírus HIV também precisam dar à luz através do procedimento.
Isso acontece porque o nascimento é um dos momentos em que mais aumentam as chances do contágio por parte do recém-nascido.
A crença de que o parto normal alarga a vagina é comum na cultura latino americana.
Entretanto, é preciso entender a fisiologia do corpo feminino, seus úteros s suas vaginas…
A vagina é formada por músculos que são capazes de sofrer distensão durante o parto. Porém, depois da passagem do bebê, estes músculos são capazes de retornar à sua forma inicial.
Desta forma, o parto vaginal não pode ser culpado por “alargar” a vagina.
Por outro lado, a vagina, assim como qualquer outro músculo do corpo, precisa de cuidados para que mantenha sua força e tônus ao longo da vida.
A musculatura vaginal, assim como a musculatura pélvica, necessita ser exercitada.
Por isto é recomendado que as mulheres iniciem o quanto antes, de preferência antes mesmo de estarem grávidas, o treinamento do assoalho pélvico.
Esse treinamento pode ser feito em casa, se a mulher for orientada por um profissional habilitado.
Os exercícios de fortalecimento e preparo da musculatura vaginal e pélvica, além de cuidarem deste assoalho, também diminuem a chance de possíveis lesões (lacerações e danos musculares) no momento do parto.
Não, o parto humanizado não tem que ser na água.
Até pode ser na água, se este for o desejo da mulher e da sua parceria.
Entretanto, mas uma vez é importante lembrar que: “O PARTO HUMANIZADO NÃO É UM TIPO DE PARTO, MAS SIM A MANEIRA COMO A MULHER É RESPEITADA E TRATADA DURANTE TODO O PROCESSO”.
Durante o trabalho de parto a mulher usa a água em qualquer momento, durante a fase de dilatação ou no momento do nascimento do bebê (período expulsivo do nascimento).
É ela quem escolhe isso. Entretanto, os banhos de aspersão (chuveiro) ou imersão (banheira) podem ser contraindicados. Isto acontece, por exemplo, quando há necessidade de maior monitorização da mulher ou do bebê, por questões de segurança.
Isto acontece porque alguns equipamentos médicos não podem ser molhados e em partos de alto risco a mulher precisa ser monitorada para que haja maior segurança para ela e seu bebê.
A água funciona como um potente método de alívio da dor. Por isto é até chamada de “aquadural”, uma referência à “peridural”.
A água morna alivia as dores durante o trabalho de parto. Desta forma, diminui a quantidade de anestesia medicamentosa que a mulher irá necessitar ou evita o uso de medicamentos para o alívio da dor do parto.
Além disso, a mulher sente um profundo relaxamento.
Uma outra vantagem é que, na banheira imersa na água, a mulher se move livremente e se sente com maior controle e relaxamento sobre o seu próprio corpo.
A mulher usa a água no parto o tempo que ela quiser. Usa banhos de chuveiro ou usa a banheira de imersão. Entra e sai a hora que ela quiser, desde que não haja contraindicações clínicas.
*Texto extraído do blog Instituto Villamil
Sobre Instituto Villamil:
É uma clínica de atendimento humanizado à mulher e à criança, que nasceu da união de profissionais apaixonados pela assistência integral à saúde.
Instagram: https://instagram.com/institutovillamil
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 05/01/22. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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