Por Marcela Matos
Criado em 23/12/21
O Brasil tem registrado altas taxas de gravidez precoce se comparado com outros países. De acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, reunido pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o país tem mais de 19 mil nascidos vivos por ano de mães entre 10 a 14 anos.
Taxa de fecundidade no país é alta
O Brasil está acima da média mundial no que se refere à taxa de fecundidade na adolescência: a cada mil adolescentes, 53 estão grávidas. Enquanto que, no mundo, o índice é de 41 meninas gestantes para cada mil meninas. Em contrapartida, no país, a taxa de fecundidade geral (que engloba todas as faixas etárias) é baixa: 1,7 por mulher. Já a média mundial é de 2,5. Os dados são do relatório sobre a Situação da População Mundial do Fundo de População da Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre os fatores que explicam o ‘rejuvenescimento da fecundidade’ estão a falta a dificuldade de se garantir os direitos e saúde das adolescentes no país, já que, na maioria das vezes, a gravidez nessa idade está frequentemente relacionada a situações de abuso sexual.
Para diminuir os índices de gravidez precoce no país, a UNFA ressalta a importância da educação sexual, ampliando o acesso a informações sobre métodos de prevenção, além de ajudar meninas a reconhecerem sinais de violência.
Número de adolescentes grávidas diminui, mas dados ainda preocupam
No país, houve uma queda de 37,2% no número de gravidez na adolescência nos últimos 20 anos, segundo estudo realizado pela ginecologista Denise Leite Monteiro, secretária da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto Puberal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Para o estudo, foram compilados o número de nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, de 2000 a 2019. Apesar da queda, os índices de gravidez precoce no país ainda geram preocupação.
Outros dados coletados pelo DataSUS/Sinasc mostram que a cada dia ocorrem 1.150 nascimentos de filhos de adolescentes no Brasil. Na pesquisa, a ginecologista cita que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as complicações gestacionais no parto são a maior causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos no mundo, devido ao risco de problemas como eclâmpsia, endometrite puerperal e prematuridade.
O estudo feito pela ginecologista também mostra que a redução da gravidez na adolescência na faixa etária de 10 a 14 anos foi de 26%. Já no grupo de meninas entre 15 a 19 anos, a queda foi de 40,7%.
No recorte geográfico, a região Norte foi a que apresentou menor queda no período apurado (2000 a 2019), com redução de 11,9% na taxa de fecundidade entre meninas de 10 a 14 anos e de 32,9% para o grupo de adolescentes de 15 a 19 anos.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 23/12/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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