Por Marcela Matos
Criado em 07/12/21
A Fiocruz apontou uma tendência de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre as crianças de 0 a 9 anos. Tem sido registrados cerca de 1200 a 1500 casos semanais nessa faixa etária. Enquanto isso, na população adulta (20 anos ou mais) ainda há o predomínio do diagnóstico de COVID-19 entre os casos de SRAG com resultado laboratorial no País. Os dados são do Boletim InfoGripe, divulgado em novembro. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 44, do dia 31 de outubro até o dia 6 de novembro.
Ainda segundo o relatório, em 2021, entre os pequenos, houve um aumento de casos de Vírus Sincicial Respiratório, o VSR (causador da bronquiolite) com registros superiores aos de Sars-Cov-2. A partir do mês de julho, também subiram os casos de infecção por outros vírus respiratórios (Adenovírus, Bocavírus, Parainfluenza 3, Parainfluenza 4, entre outros).
De 31 de outubro a 6 de novembro, sete das unidades federativas apresentaram sinal de crescimento de SRAG: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Em São Paulo, o crescimento de casos se deu entre as crianças de 0 a 9 anos.
O que é SRAG?
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é um conjunto de sinais e sintomas que podem ser gerados por várias causas diferentes. Em crianças, pode ocorrer sinais como falta de ar, desidratação e menor apetite. Geralmente, os pacientes apresentam febre, evoluindo para desconforto respiratório e diminuição da saturação de oxigênio. Entre as doenças que podem causar SRAG estão infecções dos pulmões (pneumonias), causadas por microorganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus. Entre eles, está o novo coronavírus.
SRAG em crianças
“O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) causa um resfriado, com coriza, febre e tosse. Ele tem capacidade para evoluir para os brônquios e os pulmões, causando uma pneumonia. O VSR é mais comum no outono e inverno. É mais comum notarmos um aumento de casos entre abril e julho. Mas devido à pandemia, não tivemos surto naquela época porque as crianças estavam em casa. Mas, com a volta às aulas, os vírus voltaram a circular, o que está causando esse aumento de casos”, disse Felícia Szeles, pediatra e alergista infantil.
A pediatra explica que, normalmente, as viroses respiratórias causam um quadro leve, com febre e tosse. Mas, em crianças prematuras ou que têm cardiopatia, por exemplo, há chances da doença evoluir para quadros graves. Além disso, esses vírus respiratórios representam maior risco para crianças e bebês porque eles têm o sistema imunológico mais imaturo.
Como prevenir?
De acordo com a especialista, as medidas de prevenção que os pais devem tomar para que as crianças não sejam infectadas com esses vírus devem seguir o mesmo protocolo:
Riscos de transmissão
Os principais locais que são propensos à transmissão da COVID-19 são ambientes fechados. “É importante deixar o lugar mais arejado, abrir as janelas, ou ainda, praticar mais atividades ao ar livre. Nas escolas, as crianças devem evitar aglomerações. Quanto mais fechado é o local, há mais chances das secreções se espalharem. Também é muito comum os pequenos compartilharem brinquedos”, complementa.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 07/12/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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