Fotos: Reprodução / Divulgação

Marina Arnoni Balieiro

Criado em 12/11/21

Redes sociais e saúde mental de crianças e adolescentes: uma relação de atenção

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Comentários maldosos, discurso de ódio e julgamentos feitos por desconhecidos compõem o quadro enfrentado por usuários das redes sociais. Lidar com este cenário é um desafio para qualquer ser humano, mas traz especial tensão para crianças e adolescentes, ainda em processo de formação física e psicológica. A dúvida diante desse problema tão presente em nossa realidade é: como evitar que essas intervenções afetem a saúde mental deste grupo?

O primeiro passo é compreender que é praticamente impossível ter total controle dos conteúdos consumidos por crianças e adolescentes, pois o acesso nem sempre é feito em ambientes familiares e o conhecimento que eles detêm sobre a tecnologia é, muitas vezes, superior aos dos pais e responsáveis. Esses fatos, no entanto, não anulam as possibilidades de negociar regras e promover uma relação de confiança para que os pais acompanhem e possam perceber eventual exposição dos filhos aos incômodos causados pelas redes sociais.

A construção de uma relação mais próxima e de apoio às crianças e adolescentes permite que haja não só espaço para o diálogo mas também uma participação mais ativa na vida deles – aspecto essencial para perceber eventuais mudanças de comportamentos, que por vezes não chegam a ser verbalizadas. Por isso, mesmo que o momento de troca se limite a situações específicas, como as refeições, é importante que sejam estimuladas.

No âmbito prático, é preciso levar em consideração não só o cuidado e zelo pela segurança física e emocional, mas também garantir a individualidade e privacidade, que é tão importante para esse grupo. Uma das formas de unir esses dois aspectos é firmar um acordo prévio para que não se faça nada escondido dos pais ou responsáveis.

Nas redes sociais, caso os pais e responsáveis compreendam que é possível que os filhos estejam nas plataformas, o conselho é que os perfis das crianças e adolescentes sejam fechados, a fim de restringir o acesso de pessoas desconhecidas e minimizar potenciais interações que impactem a saúde mental. Para garantir que esse acordo seja algo tranquilo aos dois lados, o diálogo é novamente a ferramenta mais indicada. Vale, por exemplo, explicar que, assim como filtramos quem deve estar próximo de nós na vida “real”, no mundo virtual é preciso fazer o mesmo.

Mesmo com todos esses acordos, ainda é necessário ficar atento a alterações de comportamento. Cada indivíduo tem um padrão e quando isso muda, é hora de estar próximo, acolher e entender o que está causando a mudança, para que, se necessário, se busque ajuda de especialistas. Uma rede de confiança construída por colegas e familiares também é fundamental neste processo, pois podem ser eles os primeiros a detectar que existe um problema.

Sobre Marina Arnoni Balieiro:

Psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos.

Site: http://www.hpev.com.br

Facebook: http://www.facebook.com/HospitalEdmundoVasconcelos

Instagram: http://www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 12/11/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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