Leninha Wagner
Criado em 11/11/21
É um tema de impacto, delicado para ser tratado de qualquer maneira, mas é necessário. Falar em suicídio na adolescência vai ajudar a quebrar tabus, e, principalmente, ajudar a compreender o que leva isso a acontecer e como evitar que famílias sejam destruídas por conta disso.
Situações como essa devem ser tratadas continuamente. De início, é preciso compreender que a ameaça ou atitude suicida é uma tentativa de comunicação, quase como um pedido de socorro, o que leva a entender o quanto é importante compreender e escutar os jovens para que uma situação que eles estejam passando não termine com essa atitude drástica.
Estatisticamente, a morte por suicídio é mais comum no final do que no início da adolescência. Afinal, nesta fase da vida, muitos são os conflitos enfrentados por ser uma idade emocional, época da vida humana em que o comportamento se acha frequentemente sujeito a frustrações, conflitos, desajustes que perturbam a conduta e a experiência do indivíduo. Soma-se a isso a preocupação excessiva, ideação e comportamento suicida, que podem fazer parte de um quadro de depressão neurótica ou psicótica ou de qualquer psicose ou neurose, ou ainda apresentarem mecanismo histérico de chamada de atenção, é, portanto, um grito de quem pede socorro. Devemos então entender e atender esse chamado.
Situações como essa podem ser a expressão mais genuína de uma depressão maior, o que configura o nível mais grave deste transtorno. A tensão interior é no adolescente tanto mais forte quanto mais deseja um maior domínio de si próprio, alimentada por múltiplas causas de conflito que pode levar a morte por suicídio. No entanto, a pessoa procura dominar as suas emoções de maneira tão rigorosa, que só se desequilibra ainda mais emocionalmente. Tanto que algumas empregam todas as forças para adquirir esse domínio delas próprias, com a intenção de não deixar que os outros percebam o que se passa dentro delas. Um mundo interior conturbado de pensamentos de incertezas, emoções negativas, sentimentos nebulosos. Pouco a pouco os conteúdos internos vão se acumulando de forma tão intensa, que em algum momento haverá a explosão de medo, de raiva ou de euforia desmedida, para em seguida uma onda de humor depressivo tomar a pessoa por completo.
Para as famílias, um sinal que deve ser observado é perceptível no comportamento desses adolescentes. Nesse caso, uma tensão prolongada conduz a um estado permanente de mau humor, a um embotamento afetivo que extingue aos poucos todo o interesse pelo mundo exterior. Quanto mais fortes são as tentativas de domínio sobre si, mais acentuadas são as atitudes precedentes e o estado de depressão pode conduzir o adolescente a atentar contra sua própria vida. Também é válido considerar que a causa real de suicídios devem frequentemente ser procurada nesta “tensão emotiva” interior, que se torna insuportável e para a qual a pessoa envolvida não enxerga a solução. Logo, investigando casos, podemos citar algumas possíveis causas: Baixo desempenho escolar, sistema familiar disfuncional, autoritarismo ao invés de “autoridade” por parte dos genitores, obstáculos na satisfação dos desejos pessoais, reprovação social, bullying, falta de pertença, sentimento de insuficiência ou incompetência, mudança, rompimento de relações (amizade, namoro), e conflitos e indecisões quanto à orientação sexual.
Mas qual é a saída para todos esses conflitos? O ideal é procurar ajuda profissional especializada. Acompanhamento psicoterápico e/ou tratamento psiquiátrico dão sempre excelentes resultados. Um profissional da saúde mental poderá ser a resposta para esses conflitos. Aliás, a prevenção é sempre menos onerosa, mais inteligente e eficaz que a correção. E é claro, muita atenção aos jovens, já que eles são sempre muito vulneráveis à depressão, que sem sombra de dúvida é um dos maiores gatilhos na ideação suicida. Ligue 188, afinal toda vida importa!
Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!
Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!
Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 11/11/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
® São Paulo para Crianças e Meu Passeio são marcas registradas. Todos os direitos reservados. - desenvolvido por Ideia74