Da Redação

Criado em 24/10/21

Fotos: Reprodução / Divulgação

TikTok: preocupações dos pais procedem?

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Mesmo que você jamais tenha assistido a um vídeo sequer nessa plataforma, certamente já ouviu falar do TikTok. Essa nova rede, ou app, vem fazendo enorme sucesso principalmente entre jovens… e criando preocupações nos pais.

Mas, até que ponto realmente é válida essa preocupação? E até que ponto devemos restringir ou limitar o acesso dos filhos a essa rede?

O que é o TikTok?

O TikTok é uma rede que permite aos usuários submeter vídeos curtos. Sim, algo parecido com o Instagram, mas apenas para vídeos. Da mesma forma que no Youtube, os usuários podem criar canais e ganhar seguidores, criando comunidades.

Essa rede ganhou popularidade no Brasil e, principalmente depois de uma promoção que distribuía prêmios em dinheiro para indicações e até para assistir vídeos, entrou nos celulares de todo mundo.

No TikTok, o que vale é ser breve: são raros os vídeos com mais de um minuto. Assim sendo, diferente do Youtube, são raros os vídeos instrucionais, explicativos ou de conteúdo pedagógico ou documental.

Vídeos inofensivos ou não, que é o que veremos, o que reina é o humor, tendências, memes e “besteirol”.

Regras conforme a idade

Por definição, nenhum jovem com menos de 13 anos pode ter uma conta no TikTok. Depois disso, há regras específicas para adolescentes, conforme a idade.

– Menores de 13 anos não podem sequer ter contas
– Para jovens entre 13 e 15 anos, todas as contas são privadas. Ou seja, apenas amigos e conhecidos da rede do adolescente podem comentar os vídeos e os “duetos” não são permitidos
– Maiores de 16 podem usar os recursos livremente, embora apenas aqueles acima dos 18 anos possam realizar gastos ou enviar presentes virtuais através do app

Há formas dos pais restringirem o conteúdo?

No menu do perfil do TikTok, há dois itens importantes para os pais: “Bem-estar Digital” e “Sincronização Familiar”.

tiktok sp crianças

Configurações de sincronização para os pais no app do TikTok.

O primeiro item permite algumas restrições de conteúdo – mas o segundo item é o mais importante. Ele permite que os pais “liguem” as contas dos filhos com suas próprias contas, e estabeleçam limites e regras para o uso do app:

  • Definindo o tempo máximo que os filhos podem gastar assistindo aos vídeos
  • Limitando conteúdo que não seja adequado
  • Gerenciando as configurações de privacidade do adolescente
  • Definindo se o filho pode ter uma conta pública ou não

Agora, se há tanto controle, provavelmente você quer saber o porquê disso. Não há pornografia, na acepção da palavra, ou vídeos de extrema violência no TikTok. A própria rede possui curadores que eliminam esse tipo de conteúdo.

Contudo, há outros riscos associados a vídeos no TikTok que merecem atenção dos pais e justificam as restrições que o app permite impor aos jovens.

Desafios e exibicionistas

Calma, vamos explicar direitinho. O primeiro risco de exposição existente no TikTok está na tendência e explosão de canais “exibicionistas” nessa rede.

Geralmente são meninas e jovens do sexo feminino, mas alguns rapazes também o fazem. Criam canais onde dançam, rebolam ou se insinuam em poses sensuais, embora nunca sem roupa.

Algumas jovens que, em tese, possuem mais de 18 anos, têm milhares ou mesmo milhões de seguidores apenas postando vídeos onde dançam em biquinis, roupas decotadas ou apertadas.

Mais do que o risco de filhos adolescentes de assistirem a esses vídeos, está o risco deles exporem a própria imagem criando canais onde fazem essas performances. Por essa razão, o app permite que os pais restrinjam contas públicas para os filhos, evitando essa exposição.

Os desafios podem ser outro risco relacionado ao TikTok. Em geral, se tratam de coisas bestas e sem qualquer perigo (como o desafio da toalha), porém desafios mais radicais podem trazem riscos de ferimentos ou exposição.

Proibir é o melhor remédio?

Estamos vivendo no ano de 2021. Proibir celulares para jovens acima de 13 ou 14 anos não é algo muito prático ou até mesmo adequado.

Depois de quase 30 anos, há até mesmo alguns pais que já nasceram na era dos celulares e da internet. Desde pequenos, utilizam esse tipo de tecnologia para estudar, falar com os pais e os amigos, fazer pesquisas e até conseguir auxílio em emergências.

Devemos viver na época em que estamos. Adolescentes em 2021 que não podem usar celulares, videogames ou assistir TV correm o risco de ser colocados de lado pelos amigos e colegas. Simplesmente proibir a tecnologia poderá expor o seu filho a um perigo ainda maior: a depressão.

Como pais, especialmente com filhos já mais velhos, o importante é negociar. Limitar o tempo de uso, estabelecer condições, criar recompensas quando a tecnologia é usada da forma correta.

O TikTok é a mais recente, mas seguramente não será a última novidade entre redes sociais. Diariamente temos tendências ganhando espaço na internet, e é importante que o seu filho acompanhe a evolução da tecnologia. Um dia, no mercado de trabalho e na vida, ele será cobrado nesse sentido e terá de lidar com as ferramentas que a sua época oferece.

Sim, mesmo com tudo isso, provavelmente ainda dá um frio na barriga. Se for esse o caso, a nossa última recomendação é que você utilize o melhor remédio para 99% das situações e problemas que envolvem a parentalidade: a CONVERSA.

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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 24/10/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos

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