Online e gratuito: Itaú Cultural apresenta oficina virtual de brinquedo óptico e contação de histórias para crianças

O Itaú Cultural preparou duas atividades especiais e gratuitas em setembro, que podem ser conferidas de forma online. No IC Para Crianças, o artista Gustavo de Magalhães ensina os pequenos a produzir um brinquedo óptico chamado fenacistoscópio. Já no Palco Virtual, a escritora Auritha Tabajara conta para o público a histórias de de sua avó que falam da relação íntima dos povos indígenas com a natureza.

IC Para Crianças

Os pequenos aprendem a fazer um fenacistoscópio, utilizando papel, tesoura, material de desenho, palito de churrasco e tachinhas.O brinquedo óptico consiste em uma sequência de imagens distribuída em círculo. Quando é girado com alta velocidade em frente ao espelho, se tem a ilusão de que as imagens estão se movendo. A oficina está disponível gratuitamente no canal do Youtube do Itaú Cultural. 

A atividade é ministrada por Gustavo Magalhães, artista visual que sempre gostou de brincar com papel. Atuou por mais de 15 anos produzindo peças e bonecos para a publicidade e o cinema. É responsável pela Oficina Cana-de-Açúcar e desenvolve um trabalho autoral em livros de artista e livros pop-up.

Palco Virtual

A escritora e contadora de histórias Auritha Tabajara divide com os jovens e crianças como são os silêncios da noite, do vento, da mata e dos animais, reforçando os ensinamentos dos velhos sábios da aldeia onde ela nasceu, no Ceará.

Auritha narra o conto “Ayra e o sorriso da noite”, cuja protagonista é uma curumim muito esperada pela comunidade, mas que não conseguia dormir. A história representa tradições do povo Tabajara, com elementos característicos, incluindo as danças sagradas, grafismos feitos com urucum e jenipapo, além de artefatos utilizados pela comunidade, como a cuia, caça e maraca. 

Já “A história do milho” apresenta a história de um velho sábio que pediu ao grande espírito da sabedoria que o transformasse em um alimento para garantir a sobrevivência do seu povo. Os Tabajaras passaram a cultivar o  milho como um alimento sagrado.

As apresentações ficarão disponíveis até o dia 12 de setembro, no site e no YouTube do Itaú Cultural, com recursos de acessibilidade em Libras e audiodescrição.  

Auritha Tabajara nasceu no interior de Ipueiras, no Ceará, em 1979. Formou-se em magistério indígena atuou por 10 anos na escola da comunidade Tabajara e Kalabaça, de Poranga. Dedicou-se aos estudos da cultura do povo Tabajara durante 14 anos. É considerada a primeira cordelista indígenha do Brasil. Em 2007, lançou seu primeiro livro “Magistério Indígena em versos e poesia”. Em 2018, lançou o segundo, “Coração na Aldeia pés no Mundo”, pela Uka editorial.