Radical ou necessário? Mãe apaga redes sociais da filha de 14 anos com 2 milhões de seguidores

Uma atitude considerada por muitos como necessária e por outros como radical e possessiva viralizou na internet na última semana. Uma mãe decidiu apagar as redes sociais da filha de 14 anos que possuía quase 2 milhões de seguidores. A notícia se espalhou rapidamente e levantou discussão sobre o uso das redes sociais e como elas podem influenciar no desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Para Fernanda Rocha Kanner, mãe da influenciadora digital Nina, a atitude foi sim radical, mas também necessária. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, ela explicou que a forma como a filha se sentia obrigada a produzir vídeos e fotos diariamente a deixava incomodada e também preocupada sobre como a jovem absorvia o sucesso e a atenção que recebia de milhares de pessoas.

“Já é difícil você descobrir quem você é com 14 anos. Quando tem 2 milhões (de pessoas) que você nunca viu na vida achando que te conhecem, é mais perigoso ainda. É mais fácil se perder”, disse ela à reportagem.

Fernanda chegou a publicar em sua rede social que estava afastando a filha das mídias por não querer ela “se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado”. E que achava triste a geração em que isso se justifica pela fama.

A atitude da mãe recebeu o apoio de diversas outras mães e de alguns jovens que compreenderam suas justificativas. Mas também gerou críticas por parte dos adolescentes que a classificaram como “possessiva”.

Para Nina, ter que se afastar das redes sociais não foi algo agradável de início. Mas, após três semanas longe das mídias, a jovem ainda não sabe se deseja voltar a utilizar os aplicativos. “No momento, eu não quero. Porque eu acho que só vai ser uma coisa que só vai me atrapalhar e só vai fazer eu voltar pior ainda”, explica Nina.