Agosto Dourado: 72% das brasileiras não têm acesso a um banco de leite humano

O último domingo marcou o início da semana mundial de aleitamento materno e também da campanha Agosto Dourado, que busca conscientizar a população sobre a importância da amamentação para o desenvolvimento saudável dos bebês. Este ano, a campanha tem como tema “proteger a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”.

De acordo com a Rede Global de Bancos de Leite Humano Brasil (rBLH Brasil), o país tem uma das maiores redes de Banco de Leite Humano do mundo. No entanto, ainda hoje 72% das brasileiras não têm acesso a um banco de leite próximo da sua localidade, segundo um estudo realizado pela Famivita.

A pesquisa constatou que a maior deficiência nesse setor está no estado do Piauí, onde apenas 16% das mulheres têm acesso a um banco de leite humano. O percentual também é baixo nos Estados do Rio de Janeiro, com 28%, e em São Paulo, com 30%. O Distrito Federal é o Estado em que mais mulheres possuem acesso a um banco de leite, com 54% das participantes.

Os dados também são preocupantes em relação ao tempo de amamentação das crianças. Segundo o estudo, 31% das brasileiras não conseguiram amamentar seus filhos durante seis meses, período que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.

O Estado com o menor percentual é o Rio Grande do Sul, onde 41% das mulheres entrevistadas alegaram não ter amamentado seus filhos exclusivamente por seis meses. Em São Paulo, o percentual de mulheres é de 35%, e no Rio de Janeiro, 30%. O Tocantins é o Estado em que mais mulheres amamentaram exclusivamente seus bebês, sendo que somente 10% não conseguiram.

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