Por Daya Lima
Criado em 13/05/21
Fotos: Reprodução / Divulgação
Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado em 2017, apontou que metade das mulheres brasileiras deixam o emprego um ano após a licença-maternidade. A pesquisa foi realizada a partir de dados do Ministério do Trabalho e acompanhou mais de 247 mil mulheres até o ano de 2016, com idade entre 25 e 35 anos, que tiraram licença-maternidade no período de 2009 a 2012.
De acordo com o estudo, 5% das mulheres deixam de trabalhar a partir do quinto mês após a volta da licença-maternidade, e esse número sobe para 15% no sexto mês. Após um ano, 48% dessas mulheres deixam o mercado de trabalho, sendo a maior parte desligada das empresas sem justa causa.
A pesquisa não identifica os motivos pelos quais as mulheres se afastam do mercado de trabalho, portanto, não é possível saber quantas saíram por decisão do empregador e quantas realizaram um acordo com a empresa para serem desligadas do serviço.
Para Cecilia Machado, professora da FGV e uma das coordenadoras do estudo, “em muitos casos, as mulheres não retornam às suas atividades porque não têm com quem deixar os filhos pequenos”. De fato, a questão socioeconômica é um ponto determinante. As mães que possuem uma renda maior têm melhores condições de pagar uma babá ou uma escola para deixar os filhos enquanto trabalham.
Outro fator importante apontado pelo estudo é a formação acadêmica. Para as mulheres com Ensino Fundamental incompleto, o percentual de afastamento do mercado de trabalho um ano após a licença-maternidade foi de 51%; e para as que possuíam o Ensino
Fundamental completo o percentual foi de 53%. Já para as profissionais com Ensino Médio completo, o percentual caiu para 49%; e 35% para as mulheres com formação acima do Ensino Médio.
Além disso, a pesquisa também aponta que a participação no mercado de trabalho para as mulheres entre 25 e 44 anos diminui de 65% para 41% após elas se tornarem mães. Desse total, somente 28% trabalham com jornada semanal de 35 horas ou mais.
Ao fazer um comparativo desses dados em relação à participação dos homens é possível notar a diferença. Na mesma faixa etária, 92% dos homens que têm filhos de até um ano continuam ativos no mercado, sendo que 82% trabalham 35 horas ou mais em jornadas semanais.
Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!
Cadastre-se para ficar por dentro das novidades!
Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 13/05/21. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
® São Paulo para Crianças e Meu Passeio são marcas registradas. Todos os direitos reservados. - desenvolvido por Ideia74