Estudo Covid-19: crianças tendem a ser contaminadas com mais frequência pelos familiares do que nas creches

Um estudo realizado por profissionais do Hospital Jean-Verdier, em parceria com a prefeitura de Paris, constatou que as crianças menores tendem a ser mais contaminadas pelo Coronavírus através dos familiares do que nas creches. Clique aqui e confira na íntegra. 

A pesquisa analisou 22 creches francesas que permaneceram fechadas entre os dias 15 de março a 9 de maio de 2020. Inicialmente, o objetivo do estudo era observar a presença de anticorpos contra a Covid-19 em crianças e funcionários das instituições de ensino.  

No entanto, o estudo chegou à seguinte conclusão: “De acordo com os resultados do teste sorológico, a proporção de crianças pequenas em nossa amostra com SARS-CoV-2, a infecção foi baixa. A transmissão intrafamiliar parecia mais plausível do que a transmissão em creches. Avançar estudos epidemiológicos são necessários para confirmar esta hipótese exploratória”, diz a pesquisa publicada. 

Participaram do estudo 327 crianças, de 5 meses a 4 anos, que frequentam as creches durante a pandemia, sendo que a maioria é do sexo masculino (51%).  Já os funcionários das instituições de ensino somam 197. Das 327 crianças, apenas 14 testaram positivo para Covid-19, com sintomas leves ou assintomáticos. No entanto, o estudo enfatiza que as crianças que testaram positivo não estavam presentes na mesma instituição de ensino. Houve apenas um caso de dois bebês contaminados na mesma creche. 

O mesmo número de contaminados aparece entre os profissionais que trabalham nas creches. O teste foi realizado por meio de exames de nasofaringe, swab, entre outros métodos. Apesar da pesquisa constatar o baixo nível de infectado em creches, os pesquisadores recomendam que as crianças só sejam submetidas aos exames de Covid-19 quando houver certeza de que os pais testaram positivo para a doença.