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Como falar sobre racismo com as crianças? Estes livros ajudam você a abordar o tema

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Criado em 24/11/20

Precisamos falar sobre racismo com nossas crianças! A literatura infantil é uma ferramenta excelente para isso, pois muitos livros tratam do tema de forma lúdica e acessível. Esses livros não apenas ensinam o respeito, mas também ajudam a cultivar uma postura ativa contra o racismo.

Confira nossa lista!

Kuján e os meninos sabidos

O ativista Ailton Krenak estreia na literatura infantil em parceria com Rita Carelli para juntos contarem sobre o surpreendente reencontro entre o criador e seus filhos humanos.

Quando o criador resolve voltar à Terra para ver como suas criaturas estão, ele decide vir na forma de um kuján, um tamanduá. Mas, ao chegar por aqui, o kuján é logo caçado para virar o prato principal em uma festa na aldeia. Ainda bem que Roti e Cati, dois meninos muito sabidos, se dão conta do que está acontecendo e resolvem ajudar! Depois de tanta confusão, o que será que o criador vai achar de suas criaturas?
Esta história já conhecida nas falas de Ailton Krenak chega agora em formato de livro ilustrado para pequenos e grandes leitores. Com artes encantadoras feitas por Rita Carelli a partir de recortes e colagens, a narrativa nos convida a refletir sobre as atitudes que tomamos enquanto humanidade e sobre o poder das ações das crianças.

1

A melhor mãe do mundo

Neste livro emocionante, uma criança conta por que a sua mãe é a melhor do mundo ― e não deixa nenhum leitor duvidar disso!

“Minha mãe é a melhor mãe do mundo! / Quando eu digo isso assim, de supetão, todo mundo duvida, / tiram onda comigo, entram em arenga…”

Nesta narrativa cheia de afeto e delicadeza, acompanhamos uma criança que nos apresenta à sua mãe. Ela joga bola, ajuda na lição de casa e está sempre pronta para ajudar quem precisa. Essa mãe pode até não estar por perto, mas se faz presente da melhor forma possível: com o amor que preenche cada detalhe dessa relação.

Com ilustrações de Veridiana Scarpelli, que adicionam uma nova camada de significado às palavras de Nina Rizzi, este livro vai conquistar leitores de todas as idades ao lembrar que certas relações têm o raro poder de nos fazer manter a esperança independentemente do que aconteça.

Indicado para leitores a partir de 6 anos.

2

Mãe Não é uma Só, eu Tenho Duas!

Você vai conhecer a Malu, que tem dias muito animados! Tem mãe que canta, mãe que cozinha, mãe que dá banho e muito carinho. Quanta mãe! Mas será que uma delas teve a Malu de dentro da barriga? Será que as duas mães deram de mamar para a Malu? Será que ter duas mães é diferente de ter uma só? Abra este livro e conheça a história de uma criança com uma família igual a muitas que ela tanto admira, cheia de amor e muito sorriso! E quantos formatos de família você conhece? Este livro vai mostrar a você que cada família é uma – e que, na casa da Malu, mamães existem duas.

3

Amoras

Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempre.

“Um livro que rega as crianças com o olhar cristalino de quem sonha plantar primaveras para colher o fruto doce da humanidade.” Sérgio Vaz

4

Sinto O Que Sinto

Mesmo para os adultos, lidar com os sentimentos nem sempre é fácil. Isso é o que Dan, personagem principal dessa história, percebe ao longo de seu dia, enfrentando diferentes situações que o fazem ter de encarar uma mistura bastante diversa de sentimentos. E à noite, já em casa e quase pronto para ir dormir, Dan ouve uma história muito especial de seu avô sobre seus ancestrais.

O livro de estreia de Lázaro Ramos na Carochinha Editora tem como objetivo ajudar as crianças a entender que é normal sentir raiva, alegria, orgulho, tudo ao mesmo tempo. Aprender a identificar e a nomear tais sentimentos é muito importante para o desenvolvimento emocional do ser humano. Além disso, a obra mostra a importância de se valorizar a nossa ancestralidade.

5

O Pequeno Príncipe Preto

Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto.
Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia.

O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos - além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto. Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.

6

Meninas Bonita do Laço de Fita

A história de uma linda menina negra, que nos transmite poderosas mensagens de aceitação às diferenças.

Uma linda menina negra desperta a admiração de um coelho branco, que deseja ter uma filha tão pretinha quanto ela. Cada vez que ele lhe pergunta qual o segredo de sua cor, ela inventa uma história. O coelho segue todos os “conselhos” da menina, mas continua branco. Esta narrativa delicada e tocante aborda temas como autoaceitação, respeito às diferenças e a beleza da diversidade. Com ilustrações encantadoras e uma mensagem poderosa, o livro convida os leitores a refletir sobre a importância de valorizar a singularidade de cada pessoa, independentemente de sua cor de pele.

7

Sulwe

Coleção Orgulho de ser eu (desde pequenx)SULWE TEM A PELE DA COR DA MEIA-NOITE.Ela é mais escura que todos de sua família. Ela é mais escura que todos de sua escola.A Sulwe só queria ser bonita e cheia de luz como sua mãe e sua irmã. Quando ela menos esperava, uma jornada mágica no céu da noite abriu seus olhos e fez com que tudo mudasse.

8

O Black Power de Akin

A tristeza invadiu o coração de Akin, jovem negro de 12 anos, que cobre a cabeça com um boné ao ir para a escola. Ao seu avô, Dito Pereira, ele não conta que tem vergonha do seu cabelo, motivo de chacota dos colegas. Antes que Akin tome uma atitude brusca, o sábio avô, com a força das histórias da ancestralidade, leva o neto a recuperar a autoestima. Agora confiante, Akin ergue seu cabelo black power e se sente um príncipe. Além do prefácio assinado pelo rapper Emicida, O black power de Akin tem projeto gráfico e ilustrações que incorporam referências da ancestralidade em linguagem contemporânea de arte digital, criados pelo designer Rodrigo Andrade.

9

Meu Crespo é de Rainha

Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, esta delicada obra chega ao país pelo selo Boitatá, apresentando às meninas brasileiras diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva, alegre e elogiosa. Um livro para ser lido em voz alta, indicado para crianças a partir de três anos de idade - e também mães, irmãs, tias e avós - se orgulharem de quem são e de seu cabelo 'macio como algodão' e 'gostoso de brincar'. Hoje em dia, é sabido que incontáveis mulheres, incluindo meninas muito novas, sofrem tentando se encaixar em padrões inalcançáveis de beleza, de problemas que podem incluir desde questões de insegurança e baixa autoestima até distúrbios mais sérios, como anorexia, depressão e mesmo tentativas de mutilação ou suicídio. Para as garotas negras, o peso pode ser ainda maior pela falta de representatividade na mídia e na cultura popular e pelo excesso de referências eurocêntricas, de pele clara e cabelos lisos. Nesse sentido, Meu crespo é de rainha é um livro que enaltece a beleza dos fenótipos negros, exaltando penteados e texturas afro, serve de referência à garota que se vê ali representada e admirada.

10

Da cor que eu sou

O livro Da cor que eu sou celebra a diversidade. Uma obra para ensinar nossos filhos a enxergar os outros como eles realmente são. E com todo o amor, respeito e admiração que isso requer. Com ilustrações cativantes e palavras afetuosas, pequenos leitores poderão mergulhar no universo da diversidade e perceber a beleza que existe nas nossas diferenças. Um livro que aborda um tema tão importante e urgente de uma maneira lúdica, leve e de leitura envolvente.

11

A Pele que eu Tenho

O que é mais importante? A cor da nossa pele ou o que somos por dentro? A pele que eu tenho, infantojuvenil de bell hooks ilustrado por Chris Raschka, trata do tema da raça, sempre muito presente nas obras da autora, e do perigo de julgar uma pessoa no primeiro olhar. De forma poética, a autora abre um diálogo com as crianças sobre raça e identidade.

A cor da nossa pele é apenas uma cobertura. Para conhecer uma pessoa de verdade, é preciso enxergar além da aparência. Abrir bem o coração, encontrar no outro tesouros guardados e livrar-se de preconceitos e estereótipos.

A pele que eu tenho celebra a individualidade e leva aos pequenos uma mensagem forte e atemporal sobre amor e respeito ao próximo.

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Óculos de cor – Vencedor Jabuti 2023: Ver e não enxergar

Com seu já consagrado poder narrativo, Lilia Moritz Schwarcz se volta à literatura infantil para proporcionar reflexões aos jovens leitores sobre assuntos de primeira importância, como a branquitude e o racismo estrutural que atinge a todas e todos no Brasil. Prêmio Jabuti 2023 na categoria Juvenil.

Alvo é um garoto cheio de energia, e está sempre com um assunto diferente na cabeça ― pode ser a história do Brasil, algum super-herói de uma série da TV ou a próxima viagem que vai fazer nas férias. Ele mora com a família em um bairro elegante, vai à escola todo dia pela manhã e, a despeito de ser um garoto curioso, pouco percebe sobre o mundo à sua volta, tão diferente do seu.
Ebony adora fazer amigos e contar histórias ― e até contaria mais, se tivesse tempo. Com a agenda cheia, da aula de dança aos desenhos que adora fazer, a garota quase nunca para quieta. Seu mundo é grande demais! E ela está prestes a começar os estudos em uma nova escola, com professores e colegas que até então não conhecia.
Quando Alvo e Ebony se encontram, uma jornada especial tem início na vida dos dois. Neste caminho, Alvo se dá conta de que o mundo é muito mais diverso do que ele imaginava e de que é possível “ver e enxergar” além das nossas próprias existências e com muito mais cores.
Após a história, o livro traz um glossário que não apenas elucida questões abordadas ao longo da narrativa, mas, principalmente, propõe um mergulho em tópicos muito importantes para refletirmos sobre um país que precisa ser mais justo e menos desigual.

Indicado para leitores a partir de 9 anos.

13

Kabá Darebu

"Nossos pais nos ensinam a fazer silêncio para ouvir os sons da natureza; nos ensinam a olhar, conversar e ouvir o que o rio tem para nos contar; nos ensinam a olhar os voos dos pássaros para ouvir notícias do céu; nos ensinam a contemplar a noite, a lua, as estrelas..."​Kabá Darebu é um menino-índio que nos conta, com sabedoria e poesia, o jeito de ser de sua gente, os Munduruku.

14

O mar de Manu

A história poética do menino que pescava estrelas se passa entre três países não banhados pelo mar, regiões irmãs que tiveram povos separados pelo colonialismo: Níger, Burkina Faso e Mali. Povos islamizados abundam entre esses três países. Os Tuareg habitam o imaginário de todo mundo por ali, são povos nômades, seculares. Na vida de Manu, o personagem principal, podemos ver um pouco da cultura e das tradições dos povos da região.

15

Julián é uma Sereia

Enquanto andava de metrô com a avó, Julián avistou um grupo de mulheres extremamente arrumadas. O cabelo delas era esvoaçante e em tons vivos, seus adornos reluziam, e os vestidos terminavam numa belíssima cauda de sereia. A alegria delas era contagiante. Já em casa, ainda encantado, Julián sente vontade de se arrumar como uma sereia. Mas o que será que a avó vai achar da bagunça que ele fez – e, ainda mais, o que ela vai pensar sobre a forma como Julián se vê? Um livro delicado e colorido sobre amor e, principalmente, respeito. Julián é uma sereia ganhou inúmeros prêmios, entre eles o da Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, categoria Opera Prima. A obra aborda com delicadeza temas como individualidade, apoio familiar e diversidade.

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O Pequeno Lampião

O grande escritor palestino, Ghassan Kanafani (1936-1972), publicou dezoito livros entre novelas, ensaios, contos, peças de teatro, e muitos artigos para diversos jornais. Todos os anos, Kanafani escrevia e ilustrava um livro para Lamis, sua amada sobrinha. O pequeno lampião é um desses livros, presenteado a Lamis no seu oitavo aniversário.
O livro narra os desafios enfrentados por uma jovem princesa que, para se tornar rainha, deve levar o sol para dentro do palácio. É uma história cheia de esperança e com um final surpreendente.

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A menina dos cabelos d'água

Os cabelos de Omilayó faziam flores brotarem, mas, por causa deles, todos tinham receio de se aproximar da menina. Sozinha, ela sentia que carregava em sua cabeça todo o peso do mundo. Certo dia, porém, conversando com sua tia, descobriu que não era a única: sua tataravó, como ela, tinha os cabelos d’água e ― também como ela ― era uma rainha.

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Vovó veio do Japão

Quatro vovós imigrantes carinhosas ― e cozinheiras de mão cheia! ― estão prontas para participar de todas as brincadeiras das netas e ensiná-las sobre a cultura japonesa de um jeito muito divertido e delicioso.Nessas pequenas aventuras repletas de carinho, quatro meninas se divertem com suas avós, que nasceram no Japão e sabem muito bem como agradar suas netas: com brincadeiras, histórias e deliciosos quitutes. Em cada uma das narrativas, você vai conhecer um pouquinho da cultura desse país que parece tão distante, além de aprender receitas japonesas com um toque brasileiro. No fim, você vai sentir que o outro lado do mundo está muito mais perto do que imaginava. Afinal, quem nunca brincou de origami ou se divertiu comendo com palitinhos?

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