Da Redação
Criado em 07/08/20
Fotos: Reprodução / Divulgação
Tem cinema, teatro, clubes, parques e várias instituições que trabalham com essa modalidade. Mas o assunto tem gerado cada vez mais debates. Pensando nisso a ANCINE (Agência Nacional do Cinema) realizou uma consulta pública sobre a influência da obrigatoriedade legal de meia-entrada no mercado nacional.
Esse tipo de levantamento se chama AIR (Análise de Impacto Regulatório); o documento pode ser lido na sua íntegra aqui. As contribuições dos vários setores da sociedade e do mercado foram recebidas até a primeira quinzena do mês de julho, sob a coordenação e relatoria da diretora Luana Rufino.
Também participaram do processo a Superintendência de Análise de Mercado (SAM) e a Secretaria Executiva (SEC), a partir de dados do Sistema de Controle de Bilheteria (SCB).
O que o documento revelou?
O levantamento mostrou o número de ingressos vendidos de meia-entrada entre o início do ano de 2017 e o término de 2019. Nele são apresentados dados relativos à proporção de ingressos vendidos em salas de cinema entre meias-entradas e ingressos inteiros.
Também constam esses dados por unidade da federação, além de uma análise mais detalhada das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, traçando uma relação entre esses números e indicadores sociais.
As informações presentes no estudo demonstram que a ampla maioria dos ingressos vendidos são de meia-entrada. Segundo os dados, ao término do ano de 2019 cerca de 80% deles foram assim (59% legal, 17% promocionais e 2% cortesias).
O problema seria que, como resultado disso, para compensar esse grande acesso à meia-entrada, o valor do ingresso comum praticado é alto, em comparação com outros países.
Além disso, apesar da ampla abrangência, essa política não atenderia a parcela da população que não se enquadra nas hipóteses de direito a meia-entrada, e que não possui condições econômicas de frequentar salas de cinema, visto que os critérios de acesso à meia-entrada não são majoritariamente baseados na renda.
Indicadores sociais também apontam que membros de famílias com menor renda, em média, frequentam a escola por menos tempo que pessoas de famílias com maior renda, ficando, assim, desassistidos da política de desconto legal.
Quais os próximos passos?
Como dito, esse parece ser apenas o início do debate. Mas é preciso ficar de olho, pois trata-se de um direito de uma boa parcela da população!
A AIR pretende, ao final, discutir alternativas e apresentar propostas voltadas para o aperfeiçoamento e correção de eventuais falhas nessa política pública, exclusivamente para o mercado de salas de cinema.
Os documentos ainda podem ser consultados, sem necessidade de cadastro, na página de Consulta Pública. Dúvidas sobre o funcionamento do sistema devem ser encaminhadas para: [email protected].
A Consulta Pública é um instrumento de participação social, com a finalidade de subsidiar o processo de tomada de decisão e de edição das normas da ANCINE.
Por fim, a AIR é um instrumento fundamental para a melhoria da qualidade regulatória, servindo como importante subsídio para tomada de decisões futuras.
Referência: https://www.ancine.gov.br/?utm_source=blogspcriancaspt-br/sala-imprensa/noticias/ancine-realiza-consulta-p-blica-da-air-sobre-influ-ncia-da-obrigatoriedade
Quem paga meia-entrada hoje em dia?
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 07/08/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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