Da Redação
Criado em 29/07/20
Fotos: Reprodução / Divulgação
A Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo discute, em Sessão Extraordinária, a aprovação da PL (Projeto de Lei) 452/2020, que indica os protocolos de saúde para o retorno das aulas presenciais na capital paulista, estabelece ações pedagógicas e cria programas para alunos e profissionais da educação.
Para ouvir a opinião dos cidadãos sobre o retorno às aulas, foi criada um consulta pública no site da Câmara. No site é possível opinar se você concorda com a volta às aulas presenciais na rede municipal e qual a sua opinião sobre a PL. Segundo o portal da Câmara, foram registradas mais de 35 mil opiniões.
O que diz o Projeto de Lei?
O projeto de lei, de autoria do executivo, prevê uma preparação para a volta às aulas presenciais no município, mas não especifica uma data. O projeto prevê alguns gastos públicos como auxílio para uniforme e material escolar, contratação emergencial de professores e auxiliares e compra de vagas em instituições de ensino privadas.
Uma das maiores críticas ao projeto é o risco do aumento de infecções e mortes causadas pelo coronavírus. Wellington Sousa, pai de dois alunos da rede pública de ensino que opinou sobre o projeto, posicionou-se contra o plano de retomada das aulas presenciais: “Não existe distanciamento social entre as crianças, portanto, não há momento certo para abrir as escolas”.
A vice-presidente do SEDIN (Sindicato dos Educadores da Infância), Joélia Rodrigues, também disse que não há condições de retorno para a Educação Infantil. “Sem a vacina, é impossível a volta da Educação Infantil, de 0 a 6 anos”, argumentou.
O secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, garantiu que não há data marcada para a volta às aulas na rede municipal de ensino, e que a pasta seguirá as orientações da Secretaria Municipal de Saúde para decidir, de forma definitiva, sobre o eventual retorno.
Quanto à retomada das aulas no dia 8 de setembro, anunciada pelo governo Estadual no mês de junho, o secretário disse que esta é apenas uma previsão e que o Executivo municipal tem observado a saúde pública para planejar o retorno de forma segura. “Nós não abriremos escolas por ceder à pressão de qualquer outra instituição ou poder que não seja a Saúde”, declarou Bruno Caetano.
A compra de vagas em instituições privadas é um outro ponto polêmico no projeto. Batizado de “Programa Mais Educação Infantil”, a medida permite que a Prefeitura firme contratos emergenciais com instituições de ensino para atender crianças de 4 a 5 anos, que deverão ser encerrados ao final do ano letivo, após a disponibilização de vagas nas unidades educacionais da rede municipal. Vice-presidente da APROFEM (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), Margarida Genofre, chamou a medida de “privatização” e disse que é inconstitucional.
Sobre as críticas ao Programa Mais Educação Infantil, o secretário Bruno Caetano disse que os contratos com instituições privadas de ensino não serão pagos com recursos vinculados à Educação. “Não há transferência de recurso público da Educação para instituição privada nesse projeto”, declarou o secretário.
Lei mais: Três passos para o retorno às aulas presenciais
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 29/07/20. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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