Fotos: Reprodução / Divulgação

Apesar do novo coronavírus, haverá o momento em que as escolas retornarão com suas atividades, a grande questão é como será esse processo. A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) lançou, no dia 30 de abril, um plano de retomada do ensino presencial no país. A proposta prevê que os alunos levem sapato extra para entrar nas salas, troquem de máscara a cada 3 horas e guardem ao menos um metro de distância um dos outros.

 

 

O presidente da Fenep, Ademar Pereira, explica que as medidas dão segurança jurídica às unidades para a reabertura. “Muitos municípios começam a elaborar seus planos de retomada das aulas e trazem uma série de medidas, mas algumas precauções podem ficar de fora. Sugerimos que esse protocolo seja seguido em todos os locais para evitar que as escolas sejam questionadas depois se houver algum caso de transmissão”, disse Pereira.

O protocolo estabelece, por exemplo, que as escolas organizem os espaços para que os alunos possam ficar a um metro de distância um dos outros e todas as salas tenham álcool em gel.

Questionado se haverá espaço físico nas classes para manter o distanciamento de pelo menos um metro, Ademar  disse que uma das possibilidades em estudo é a adoção do revezamento de turmas. Por esse método, enquanto uma turma assiste a aulas presenciais, a outra participa de aulas online. Na outra semana, as turmas se revezam.

Quanto ao uso de máscaras, o plano destaca a obrigatoriedade para qualquer pessoa que entrar nas unidades, para alunos e professores, com a necessidade de serem trocadas a cada três horas.

O plano também propõe que todos tenham a temperatura medida antes de entrar na escola e que os alunos levem um sapato extra para usar em sala de aula. Mantém ainda a orientação para que professores e funcionários do grupo de risco continuem afastados das atividades presenciais. Pereira destaca que alunos e funcionários com qualquer tipo de quadro viral precisarão ficar em casa e manter uma quarentena de 14 dias.

Caso recebam autorização para retomar às atividades, as instituições devem seguir protocolos de segurança de saúde rigorosos. Escolas e pais deverão fiscalizar, diariamente, as medidas sanitárias que o plano de retomada propõe:

  • Manter um distanciamento mínimo de 1 metro entre alunos e professores
  • Oferecer fácil acesso a álcool gel 70% em todos os espaços físicos
  • Promover e fiscalizar o uso obrigatório de máscara de pano
  • Medir a temperatura de todas as pessoas que compareçam ao estabelecimento
  • Isolar qualquer pessoa que apresente os sintomas da covid-19
  • Demarcar os espaços físicos da unidade escolar
  • Afastar das atividades presenciais de alunos e trabalhadores de grupos de risco
  • Recomendar a alunos e trabalhadores para tragam calçado adicional limpo
  • Recomendar a alunos e trabalhadores para que tragam máscaras de pano adicionais para troca a cada 3 hora
  • Trazer sua sua própria toalha de mão
  • Manter os ambientes arejados e higienizados

Pereira diz que muitos pais não se sentirão seguros para mandar seus filhos para a escola mesmo após a liberação do ensino presencial. O ensino online deve continuar, visto que para essas famílias, a escola continuará oferecendo aulas a distância. “De uma sala de 30 alunos, pode ser que só 15 voltem em um primeiro momento”, disse.

“A escola tem que agir certinho, dentro do protocolo mais rígido, mesmo que o município ou estado não exija todas essas medidas. Porque, se acontecer alguma coisa, vai ter como provar que fez o possível para evitar a transmissão. É responsabilidade das escolas adotar essas ações”, disse Pereira.

A Fenep diz que as escolas deverão firmar aditivos contratuais tanto para funcionários quanto para contratantes, ou seja, os pais. “Haja vista a atividade educacional privada ser amplamente fiscalizada por inúmeros órgãos, em especial os Ministérios Públicos, recomenda-se que todas as instituições de ensino promovam a construção de todos regulamentos e protocolos de segurança aqui recomendados, com a respectiva ciência e assinatura dos envolvidos, previamente à efetivação do retorno às atividades presenciais”, diz o documento da entidade que representa 42 mil colégios do país.

 

Criado em 12/05/20
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